Parceria que dá certo

Mais de 600 contratos entre grandes empresas e startups foram firmados nos últimos dois anos, aponta estudo inédito

Um estudo, exclusivo, realizado pelo movimento “100 Open Startups”, para identificar os principais tipos de relacionamentos existentes e o quanto isso representa em novos negócios, sugere que grandes empresas estão buscando, cada vez mais, startups para serem suas principais fornecedoras. Prova disso é o número de companhias com programas formais, que atingiu 135 contratos, entre julho de 2016 e julho de 2017, diferente do período anterior, que foram apenas 46, superando os fundos de Venture Capital, por exemplo. 

Denominado "Como grandes empresas e startups se relacionam", o levantamento mapeou os programas mais relevantes do mercado, além de analisar os dados utilizados para a elaboração do ranking do programa “100 Open Startups”. Para chegar ao resultado, foram contemplados 613 contratos reportados por 84 empresas iniciantes, relacionando-se com 110 organizações, além de 154 programas formais de relacionamento entre corporações e startups, realizados por 130 companhias no Brasil, ativos entre julho de 2015 e julho de 2017.

"Fizemos um mapeamento dos principais tipos, modelos e programas de relacionamento entre essas empresas e os categorizamos de forma a evidenciar como o mercado vem se organizando no país e quais padrões vêm sendo estabelecidos com maior intensidade. O excelente resultado, por incrível que pareça, deve-se à crise econômica, que acabou unindo nosso ecossistema, que vem atraindo bancos e governos", explica Bruno Rondani, CEO e fundador do 100 Open Startups. 

Segundo o executivo, o objetivo é, a partir desta análise, apresentar um modelo de referência para que direcionem e otimizem seus esforços nesta nova e promissora atividade. Como resultado dessas interações e das formalizações de contratos, foram identificados 16 tipos de relacionamentos, os quais foram divididos em 4 grupos, explicando o que são e como podem ser aplicados:

Grupo A 
Relacionamentos de Posicionamento 
Formas como as organizações interagem com comunidades ou grupos de startups sem compromisso direto com seu negócio ou com o negócio das iniciantes. Nesta categoria, as companhias priorizam o fomento e reconhecimento das oportunidades geradas pelas startups em troca da informação sobre os seus projetos e suas iniciativas, podendo levar a outros níveis de interação.

Grupo B 
Relacionamentos de Plataforma e Parcerias 
Modelos nos quais as empresas se abrem para que as iniciantes possam utilizar seus recursos, facilitando o desenvolvimento destas no modelo de parcerias ou, preferencialmente, como plataforma para startups.

Grupo C
Relacionamentos de Desenvolvimento de Fornecedores 
Composto pelas modalidades de interação com startups que visam criar novos fornecedores inovadores, seja por atividades conjuntas de P&D, onde empresas oferecem recursos para equipes de iniciantes desenvolverem novos produtos que possam ser adquiridos ou utilizados pela grande empresa, ou quando a startup detém alguma tecnologia de interesse da grande empresa para utilização em seus próprios produtos ou processos produtivos internos.

Grupo D
Relacionamentos de Investimento em Equity 
Trata-se do modelo mais profundo entre startups e empresas: quando a grande empresa se torna sócia da startup, entretanto, o nível de participação e controle da grande empresa pode variar consideravelmente. 

> O estudo, que teve a colaboração de executivos das companhias patrocinadoras do movimento, está disponível em formato de ebook no site www.openstartups.net. Basta preencher o formulário para receber o conteúdo gratuitamente por e-mail. Leia a revista
Editorial, 10.NOVEMBRO.2017 | Postado em Startup

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