Empresa cria iniciativa de mentoria e estímulo para startups brasileiras

O site de compra e venda, OLX, criou uma iniciativa de consultoria e apoio voltada a empresas jovens do Brasil, com o objetivo de estimular o ecossistema brasileiro de startups e trocar experiências e conhecimentos. Com o novo canal, batizado de OLX Start, a marca pretende selecionar startups que tenham sinergia com os seus negócios, para compartilhar ideias e orientá-las a superar desafios, através de mentorias em áreas como tecnologia, produto, marketing digital e operações, que serão definidas de acordo com o escopo e a necessidade de cada participante.

Como a iniciativa é contínua e não há um limite de startups a serem selecionadas, a empresa quer apoiar a maior quantidade possível de projetos, dentro da sua capacidade de prestar mentorias de qualidade. As seleções ocorrerão ao longo do ano, conforme forem recebendo interessados. Já as mentorias serão oferecidas de modo presencial ou remotamente, através de e-mail, chat ou telefone, dependendo da necessidade e da disponibilidade, caso a caso.

Para conseguir dar apoio ao maior número possível de startups, a empresa irá propor um desafio pontual para cada participante, dando oportunidade para que outro negócio também receba orientações. A iniciativa é aberta a startups de qualquer região do país. Algumas empresas poderão, inclusive, visitar a sede da OLX, que fica no Rio de Janeiro - um escritório de 2.600m2, desenvolvido exatamente para motivar a inovação e a criatividade.

"Essa iniciativa é uma forma da OLX retribuir ao mercado um pouco do sucesso que a marca vem obtendo, ao longo dos anos, como líder no segmento de compra e venda online no Brasil", afirma Bernardo de Barros Franco, líder desta iniciativa na OLX. As startups interessadas podem entrar em contato pelo e-mail start@olxbr.com. Nesse primeiro momento, a seleção será feita pelo time OLX, levando em consideração a sinergia com os negócios da empresa. "Nossa intenção é contribuir para que elas ganhem conhecimento e experiência", finaliza Barros Franco.

Mercado

Mesmo com a crise dos últimos anos, as startups crescem em ritmo acelerado. Em um rápido panorama, vemos que em 2012 elas chegaram a movimentar, aproximadamente, R$2 bilhões e, em 2014, já eram mais de 10 mil empresas com esse perfil. A Associação Brasileira de Startup (ABStartups) estima que no ano de 2015 tenham surgido mais de mil empresas de tecnologia com alto potencial de crescimento, 30% a mais do que em 2014.

E não é só isso. De acordo com a Lavca, associação de fundos com atuação na América Latina, o volume de recursos aportados em startups brasileiras vem crescendo 30% ao ano desde 2011 - em cinco anos, superou 1,3 bilhão de dólares, segundo publicou a revista Exame, na matéria "Crise vira motor para expansão de startups no Brasil", em 2016.

Mas se manter nesse mercado competitivo não é tão simples. Segundo Patrick Negri, CEO e cofundador da "iugu", startup de automação financeira, apenas 4,5% das startups alcançam os cem primeiros clientes. Ele chegou a esse resultado após cruzar as informações da pesquisa que realizou com o sócio, Marcelo Paez, com outros estudos sobre o mercado, e descobriu que a cada 3.000 startups brasileiras, apenas 135 delas (4,5%) conquistam os cem clientes pagantes.

Mesmo com esses dados, o mercado tem se mostrado promissor para as startups. Em maio deste ano, a Google selecionou quatro startups brasileiras para o Vale do Silício, que participarão da quarta edição do Launchpad Accelerator. O programa tem duração de seis meses, com início previsto para 17 de julho, em São Francisco, Califórnia. Além da mentoria, cada startup recebe US$50 mil de apoio e US$100 mil em crédito para a compra de produtos da companhia. Leia a revista
Editorial, 10.JULHO.2017 | Postado em Startup

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