Fintechs: as startups que estão revolucionando os serviços bancários

Do inglês finance e technology, as fintechs, como são chamadas as startups de finanças, estão causando uma verdadeira revolução nos serviços bancários, por conta de serviços mais eficientes e baratos. Essas startups abusam da tecnologia no setor financeiro e representam um grande desafio para os bancos. Com as fintechs, o cliente não precisa ir à agência bancária resolver absolutamente nada: tudo é feito pelo celular. Uma maneira inovadora de lidar com o dinheiro, com rapidez, transparência, baixo custo e que está se tronando cada vez mais popular.

Mas, se por um lado é um cenário desafiador para as instituições bancárias, por outro é totalmente animador e mais econômico para o usuário. Vários especialistas acreditam que o avanço das fintechs vai impulsionar uma melhora nos serviços oferecidos ao consumidor, tanto em preço quanto em eficácia. Somente no Brasil, já existem mais de 200 fintechs, sendo que metade delas já alcançaram um faturamento acima de um milhão de reais, aponta o relatório do FintechLab. Moip e Nubank são exemplos de fintechs bem-sucedidas e consolidadas no mercado.

A startup Nubank, por exemplo, oferece um cartão de crédito administrado pelo usuário por meio de um aplicativo, dando ao cliente controle sobre todas as suas operações, inclusive, alterar o próprio limite. Além da interface simples e informativa, o cartão não tem tarifas e cobra taxas de juros abaixo do mercado. Esse modelo de negócio só é possível porque a empresa investiu em eficiência e preferiu manter uma estrutura enxuta e mais barata. No entanto, as fintechs não representam uma ameaça ao sistema bancário tradicional, por enquanto, por entenderem a necessidade dessas instituições, até mesmo por questões de regulamentação. E do lado dos bancos, há um forte movimento de aproximação com essas startups.

Outro exemplo é o da primeira fintech brasileira a oferecer pagamento por meio de Chatbot, tanto pelo Facebook, quanto pelo Telegram, a KiiK, de adquirência com base mobile, permite realizar pagamentos por meio de seu aplicativo e baseia toda sua operação no mobile, funcionando como um e-wallet. Em vez do cliente entregar o cartão de crédito ao lojista, ele seleciona no aplicativo qual o cartão deseja utilizar e a forma de pagamento. Para finalizar a compra, basta aproximar o celular do QR Code gerado pelo estabelecimento ou digitar seu código de identificação e a transação é realizada.

MERCADO FINANCEIRO
Internet e tecnologia estão se tornando sinônimos de finanças. Diante de uma geração acostumada a acessar diferentes conteúdos por meio de apps mobile, os bancos estão perdendo o protagonismo no mundo das finanças, e a área de fintech vem chamando mais atenção por conta de sua praticidade, eficiência e proximidade com o novo perfil de público. De olho nesse novo movimento, o mercado de mobile commerce já está se preparando para acompanhar todas as mudanças. Por isso, o desenvolvimento de aplicativos mudou tanto em tão pouco tempo.

De acordo com pesquisa da Nielsen, realizada em outubro desse ano, 47% dos usuários mobile utilizam serviços bancários via smartphone, número que deve crescer ainda mais. Ainda de acordo com a pesquisa da Nielsen, a probabilidade de que usuários da geração Millenials usem bancos que operem exclusivamente no celular é muito maior em comparação aos "Baby Boomers" e a "Geração Silenciosa". Segundo um estudo do Croma Marketing Solutions, 58% dos brasileiros acreditam que aplicativos são importantes na hora de realizar compras. Ao mesmo tempo em que as startups de serviços financeiros estão ganhando espaço.

Por conta disso, a demanda por funcionalidade de pagamento integrado aos aplicativos mobiles, só aumenta. A opção, além de praticidade, permite que a segurança do usuário seja maior e dinamiza as relações dos consumidores com o mercado. Para Caio Bretones, CEO da Mobile2you, empresa que cria apps mobile sob demanda, essa tendência deve se aprofundar nos próximos anos. "Há dez anos ninguém falava de pagamento direto no celular, agora, nas reuniões de desenvolvimento de app, é muito comum que os clientes não abram mão de possuir recurso de pagamento no app", avalia.

Com base nesse cenário, o Bretones acredita que os aplicativos, que lidam com as finanças de alguma forma, sejam aqueles que permitem a compra de algum produto online ou ofereçam algum serviço mobile, mudaram muito nos últimos anos, muito por causa do público atual. Agora, é visível a demanda por funcionalidade de pagamento integrado, na maioria dos aplicativos de celular. "Ou seja, não adianta fugir ou tentar remar contra a corrente: se você quer se dar bem no mercado mobile, é melhor começar a pensar com carinho no bolso destes usuários, virtualmente falando", diz CEO da Mobile2you. Leia a revista
Editorial, 30.DEZEMBRO.2016 | Postado em Startup

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