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Empresas brasileiras começam a adotar Chatbots

Empresas antenadas às novas tecnologias já estão apostando nos Chatbots (Bots), uma nova forma de interagir com o cliente. As razões para a adesão a essa novidade são a economia, instantaneidade e facilidade de comunicação.

Teoricamente, os Bots são robôs que conversam com usuários, dentro de sistemas de mensageria instantânea. Uma das propostas de uso desta ferramenta é a possibilidade de o robô escolher com quais aplicativos vai se conectar para atender ao usuário, possibilitando a independência de apps no dispositivo. De acordo com a ideia de usabilidade dos Bots, cada vez mais os consumidores devem deixar de instalar aplicativos diretamente nos dispositivos móveis. Segundo o VP Sênior da Pesquisa Gartner, Peter Sondergaard, "em 2020, as pessoas não irão usar aplicativos (apps) em seus smartphones. Na realidade, os apps continuarão existindo, mas não serão percebidos pelo público. As pessoas vão contar com os assistentes virtuais para tudo. A era pós-app está vindo", afirma Sondergaard.

Além de econômico e instantâneo, os Bots são considerados seguros para o usuário, pois dispensam downloads e instalações. Não estamos falando de uma tecnologia futurística. No Brasil a ferramenta já é adotada, por exemplo, pelas empresas "Elo7", "Take.net" e "Movile", esta utiliza os Bots em seus produtos como o "SuperPlayer".

Recentemente, no mês de agosto, a Skol decidiu aderir aos Bots, oferecendo um guia cultural através das mensagens instantâneas, através do Messenger, informando opções de lazer durante as Olímpiadas "Rio 2016". Com isso, ao invés de o cidadão baixar um aplicativo para tal fim ou pesquisar na internet, com algumas palavras no Bot da Skol, em segundos, ele recebe um guia cultural completo, com as informações solicitadas.

Nossa equipe testou o Chatbot utilizado na Fanpage da "SuperPlayer", para saber como a ferramenta se comporta. Enviamos uma mensagem com a seguinte pergunta: "Bom dia! Li que essa página utiliza chatbot. É verdade? Se sim, qual a experiência da empresa com essa tecnologia? Recomenda a ferramenta?". Em menos de dois segundos (foi o tempo de piscar os olhos) obtivemos um retorno. Pela rapidez, pensamos que fosse mensagem automática do Facebook com aviso de mensagem "não enviada", mas, acredite: era uma resposta da empresa. "Vamos tentar de novo? Use outro termo ou digite 'ajuda' ", dizia a mensagem. Notamos que embora o Bot seja instantâneo, o resultado não foi tão satisfatório, pois, a ferramenta depende de termos específicos nas mensagens para que haja resposta assertiva. Continuando, enviamos um pedido de ajuda para utilizar a página e, novamente, em menos de dois segundos, recebemos a instrução solicitada. A vantagem percebida nesse processo foi a de não ter que baixar um aplicativo para fazer downloads de músicas.

Fizemos o teste, também, na página "Motoboy.com", que assim como a "SuperPlayer" usa o Chatbot. Quando o chat foi aberto, recebemos duas opções, uma "Sou motoboy" e outra "Chamar motoboy". Escolhemos "Chamar motoboy" e, de imediato, recebemos um retorno. Apesar da agilidade, deu para perceber que as respostas são automáticas, pois quando foram enviadas mensagens fora do domínio do robô, os retornos vieram repetidos, não atendendo à solicitação.

Se, durante a leitura desse texto, você lembrou da assistente Siri, da Apple, e do robô Ed, do Telegram, está na lógica correta. Ambos utilizam o recurso do Chatbot, assim como o Messenger, servindo de inspiração para a adesão de novas empresas ao referido recurso tecnológico. De acordo com o site "Mobile Time", no Brasil, pelo menos três empresas desenvolvem Bots, a um custo que cabem no orçamento até das pequenas corporações. Através da Zapdesk, por exemplo, o valor de um Chatbot sai por uma mensalidade de R$80 mais uma taxa de 8% sobre cada serviço vendido, segundo o "Mobile Time".

Assim, percebe-se que apesar de pouco explorado, o Chatbot está ganhando a confiança dos empreendedores que, em conjunto com os seus profissionais de Tecnologia da Informação, estão apostando no uso dessa ferramenta para progredir e monetizar. Leia a revista

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