Grupo investe em startup de empregabilidade para profissionais de TI no exterior

Essenciais na era da digitalização, os profissionais de TI estão cada dia mais escassos. De acordo com um levantamento do Banco Mundial, a expectativa é que até 2024 sejam necessários 420 mil novos profissionais nessa área. São muitas vagas sendo criadas, mas poucos profissionais para preenchê-las.

Visando resolver esse problema, o Grupo Educacional SEDA, de origem irlandesa, acaba de fazer um aporte de R$ 3 milhões na startup StarHire 365, que visa capacitar profissionais nas principais habilidades demandadas pelas profissões do futuro e ainda conectá-los às empresas contratantes no Brasil e no exterior.

A plataforma foi pensada tanto para quem está chegando agora ao mercado de trabalho quanto para quem deseja fazer uma mudança de carreira para uma área extremamente promissora. "Precisamos de um investimento urgente na capacitação desses profissionais. Caso contrário, teremos um verdadeiro apagão na área de TI, comprometendo o desenvolvimento de empresas de todos os portes e segmentos", revela o CEO do Grupo SEDA, Tiago Mascarenhas.

Cabe destacar que a escassez de profissionais de TI não é exclusividade do Brasil. Segundo a IDC, o mercado mundial de TI tem um déficit de 570 mil profissionais em 2021. Mesmo países que são internacionalmente reconhecidos como polos de tecnologia e inovação, como Irlanda, EUA, Canadá, Inglaterra, Portugal e Alemanha enfrentam problemas para suprir a mão de obra necessária para seus projetos. "É essa equação que a StarHire 365 pretende resolver", conta Vanderlei Abrantes, cofundador da empresa.

Um dos diferenciais da startup é ir além da capacitação técnica. A empresa atua em três frentes: aprimoramento de hard skills – que inclui cursos de desenvolvimento Apple, Android e Design UX/UI; aprimoramento de soft skills – com desenvolvimento de habilidades como inteligência emocional, resiliência e gestão do tempo; e curso de inglês do básico ao avançado, visando a preparação desses profissionais para o mercado exterior.

O modelo de negócio também se destaca. O cliente na verdade, são as empresas que contratam os profissionais capacitados pela StarHire 365. "Muitas vezes, o aluno não tem condições de investir em sua própria carreira. Mas, se ele tem força de vontade para se desenvolver e existem empresas dispostas a pagar pela sua contratação", afirma Abrantes.

Como o grande recurso da startup são seus alunos, o segredo do sucesso está na escolha de seus candidatos. Por isso, há um processo seletivo no qual os interessados pagam uma taxa de apenas R$ 97 reais e fazem uma prova de conhecimentos gerais. Sendo aprovado, o aluno terá acesso a todos os conteúdos e ao mural de vagas, que o colocará na vitrine de empresas do Brasil e do exterior que estiverem contratando.

Quem concluir um curso de hard skill, dois de soft skill e um módulo de inglês, irá ainda concorrer a bolsas para uma imersão em Dublin, com um mês de aulas de inglês na SEDA College, eleita por três anos consecutivos como a melhor escola da Irlanda, e ainda visitar empresas da região. "O Grupo SEDA acredita muito no potencial da startup e decidiu patrocinar o programa de bolsas a fim de possibilitar que mais brasileiros trabalhem no exterior", diz Mascarenhas.

Além das ofertas iniciais, em breve, a StarHire 365 deve agregar mais opções de programas de hard skill, além de curso de inglês específico para profissionais de tecnologia. Já no próximo ano, a empresa pretende lançar também um curso em espanhol, a fim de também conectar os estudantes latino-americanos ao exterior.

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